Se alguém que conhece está a ter dificuldades em lidar com uma situação difícil ou com com pensamentos de suicídio, o seu papel pode ser muito importante. É normal que se sinta impotente e com dificuldade em abordar a situação, mas saiba que uma conversa pode ser o suficiente para ajudar.
1. Reconheça os sinais de alarme de suicídio.
2. Leve a sério os pedidos de ajuda.
Os sinais de alarme devem ser levados muito a sério.
Aborde as situações em que alguém tem ideias de suicídio como emergências psiquiátricas e aja em concordância. Não assuma logo que estas ideias ou gestos são inofensivas chamadas de atenção ou tentativas de manipulação.
Problemas que parecem pequenos para si, podem estar a causar grande sofrimento à pessoa em crise.
3. Ouça ativamente, não faça juízos de valor.
Ouça o que a pessoa tem a dizer de forma empática, amigável e não ameaçadora.
Comece por dizer à pessoa que está preocupado(a), que notou mudanças no comportamento e nas atitudes. Pode dar exemplos, “está mais isolado, bebe mais…”
Faça perguntas abertas e diretas (“Como se sente?”). Não tente adivinhar as preocupações da pessoa, dê-lhe espaço para se explicar.
Não dê sermões nem critique o comportamento. Não desvalorize os sentimentos da pessoa. Não argumente, não tente resolver os problemas, não diga para a pessoa “esquecer” e não dê os chamados conselhos de algibeira como dizer “isso passa” ou “tens de te animar”.
4. Pergunte diretamente sobre pensamentos de suicídio.
Pergunte diretamente se a pessoa pensa suicidar-se. Ao fazer isto não vai estar a incentivar ou a estimular estas ideias. Dar a oportunidade a pessoa para falar dos seus pensamentos de suicídio pode ser alívio e é um ponto de partida para encontrar uma solução.
“Está a pensar em fazer alguma coisa para acabar com a vida?”
“Já pensou em formas de o fazer?” “Já pensou quando o fazer?”
5. Encoraje a pessoa a procurar ajuda profissional
Alguém com ideias de suicídio está em risco e deve ser sempre avaliado por um profissional de saúde.
Envolva a pessoa. Incentive-a a procurar ajuda de um profissional de saúde, como o médico de família ou um profissional de saúde mental (psiquiatra, psicólogo).
As pessoas com ideação suicida podem não acreditar que podem ser ajudadas, por isso terá de insistir.
As pessoas que pensam suicidar-se muitas vezes acreditam que não podem ser ajudadas, por isso terá de insistir.
Expresse preocupação e demonstre que se importa com a pessoa, mostre-lhe que não está sozinha. Envolva os membros da família ou outras pessoas próximas na procura de ajuda.
Uma vez que a maioria das pessoas com ideias de suicídio estão ambivalentes e com dúvidas em relação à morte vão acabar por concordar em receber tratamento.
6. Se a pessoa está em perigo de vida peça ajuda imediatamente.
Se a pessoa está em perigo ou a ameaçar magoar-se, ligue imediatamente 112 e siga as indicações dos profissionais.
Afaste-a de quaisquer objetos ou locais que possam ser perigosos e usados como meios de suicídio.
Não deixe a pessoa sozinha, mesmo que ela faça a promessa de ir procurar ajuda.
As linhas de apoio também podem ajudá-lo/a, dando-lhe indicações sobre o que deve fazer nesta situação e informando-o/a sobre os serviços de saúde mais próximos.